Há uma citação de um certo poeta inglês chamado William Blake (1757-1827), ele nos diz que "É melhor matar um bebê em seu berço que acalentar desejos irrealizáveis". Isso me faz lembrar de todos os nossos desejos não realizados, não postos à luz da razão. Há momentos, em que mais e mais, as pessoas desejam-se da maneira mais egocêntrica que se possa imaginar; ter alguém é tê-lo com exclusividade, com total dedicação mútua; e isso não é viver, é para mim, sofrer de um mal chamado: ilusão de sentir-se amado.
Volto a citar Blake quando ele diz que "Se as portas da percepção fossem limpas, tudo apareceria ao homem como realmente é: infinito". Falta-nos a percepção de sentir que cada ser humano pertence a um gênero humano diferente, que cada pessoa sente e ama de uma forma ímpar, que não se pode amar alguém da mesma forma que esse alguém nos ama. Falta-nos percepção em sentir, ouvir e tocar.
Quando começarmos a sentir a necessidade de espaços entre duas pessoas será como tocar o infinito ou como Blake nos diz "Ver o mundo em um grão de areia/ e um céu numa flor selvagem/ é ter o infinito na palma da mão/ e a eternidade em uma hora" isso sim é ter a sensação de amar e ser amado.
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