sexta-feira, 20 de junho de 2008

Ser Grato Sim, Ser Servo Jamais.


Sempre fico a imaginar como nós passamos do estado de gratidão ao estado de servidão humana. Jesus sempre nos orientou sobre dar com uma mão sem que a outra venha a saber e procurar fazer com que, cada gesto seja com muita humildade. Não estamos no mundo para sermos servos de quem quer que seja. Não vou permanecer em um local só porque alguém me fez algo de bom. O momento é para reflexão e não para colocar algemas no coração. Não vamos confundir liberdade de ir e vir ou mesmo esse tão falado livre arbítrio com ingratidão, mas tentar dizer aos que nos fizeram algo de bom que ser grato para o resto da vida será o mesmo que ser servo para o resto da vida. O amor liberta não escraviza. Quando alguém me faz algo de bom esse alguém está se libertando de algo ruim, e consequentemente libertando-me também. Porque então eu ficaria preso a essa pessoa; achando que tenho que ser grato?

A resposta estar no amar ao próximo como a si mesmo. Somos seres, por naturesa, religiosos. Não acredito que exista alguém que não acredite no desconhecido, se não acredita com certeza teme. O ato de temer ou mesmo respeitar já o torna crente em algo que foge a sua compreenção. Precisamos entender o funcionamento de nossas emoções, de nossos disabores ou mesmo de nossa própria incredulidade diante do fato consumado. O momento é de dá asas as nossas aspirações, desejos, sonhos que jazem reprimidos dentro de cada um de nós. O momento é de buscar um pouco da sabedoria que jaz adormecida em cada ser que chora nos umbrais de nossa insensibilidade diante da dor alheia.

Busque os livros e eles te darão a compreensão para todos os dogmas impostos por quem nunca quiz entender o desconhecido, apenas aceitou o fato de que é assim sem nunca questionar. Não podemos atrelar nosso coração a uma eterna gratidão; podemos sim embarcar na mais linda das viagens que é evoluir para cima e para o alto.